Foto: Arquivo Pessoal
A Justiça de Santa Catarina negou, nesta segunda-feira, o pedido de prisão preventiva contra o suspeito* de ter assassinado a namorada, natural de Santa Maria, em Imbituba (SC), no início do mês de maio. De acordo com o Ministério Público (MP) catarinense, a promotora que acompanha o caso da morte de Isadora Viana Costa, 22 anos, pediu a complementação do laudo da necropsia e, também, outros exames que não foram solicitados antes de a Polícia Civil oferecer a denúncia contra o suspeito. Agora o inquérito volta para a Polícia Civil.
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Entretanto, conforme o MP, foi determinado ao suspeito não frequente bares, boates e festas, além de não fazer uso de bebidas alcoólicas ou entorpecentes, de manter contato com as testemunhas do caso e de deixar o país. Ele tem o prazo de 24 horas (contadas a partir de hoje) para entregar o passaporte, que ficará retido. Ainda de acordo com o MP, a Justiça determinou que ele não se ausente de Imbituba, onde o crime aconteceu, por mais de sete dias sem autorização prévia.
O CASO
Segundo o inquérito da Polícia Civil, Isadora foi assassinada na manhã do dia 8 de maio deste ano. A modelo, natural de Santa Maria, foi morta dentro do apartamento do namorado, que fica na área central da cidade catarinense. As investigações do caso tiveram início no dia do crime, quando a polícia foi acionada a comparecer no Hospital São Camilo com a informação de que Isadora morreu por causa desconhecida.
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O laudo da necropsia apontou que a jovem morreu por trauma abdominal, e o caso passou a ser investigado como feminicídio. Conforme o resultado do exame, ela morreu entre 6h20min e as 7h30min. Neste horário, apenas Isadora e o namorado estavam no local. Com isso, a Polícia Civil indiciou o namorado de Isadora por feminicídio. Em depoimento à Polícia Civil, o jovem negou o crime e chegou a dizer que a namorada sofreu uma overdose de entorpecentes.
*De acordo com o Manual de Ética do Diário, na esfera de investigação policial só são divulgados nomes de suspeitos em crimes dolosos contra a vida (homicídios e latrocínios), crimes de grande repercussão ou que gerem comoção social. Ainda assim, apenas quando houver prisão em flagrante, temporária ou preventiva decretada ou quando o suspeito confessar, em depoimento oficial à polícia, a autoria do crime.